Vem. Abre a porta e entra.
Tira o casaco, põe na cadeira.
Tira os sapatos, deixa aí do
lado.
Vem. Olha pra mim. Olha pra essa fêmea
no cio deitada em sua cama.
Olha minhas mãos. Elas estiveram
de vadiagem pelo meu corpo enquanto você não vinha.
Vem pra cá. Como é bela a imagem
de sua calça saturada pela tara. Gosto de pensar que dói deixá-lo assim
prisioneiro.
Não tire suas roupas. Quero
sentir o cheiro do seu suor, os vestígios do seu dia. Óleo, fumaça,
combustível, perfume...
Ah, meu amado. Estou em plena
erupção. Vou gozar, vou morrer, vou me desfazer deste corpo...minha buceta
ainda me mata!
Vem, meu amor, querido. Paixão,
garanhão. Sinta o cheiro do meu gozo.
Porque não me marca agora a ferro
quente?
Porque não me doma?
Vem. Toma posse deste corpo
obsceno e solitário.
Preenche-o.
Nenhum comentário:
Postar um comentário